MV Bill L.Gelada - 3 da Madruga Lyrics

Você pega no dinheiro
Geralmente vai você e mais um parceiro
Em qualquer lugar se vende
Nas comunidades tem vários pontos de vendas, você entende

Fim de semana tem que aguardar
Grande movimentação de gente querendo comprar
Pra distrair e liberar os pensamentos
Viajar nas idéias e fluir os sentimentos
Chegou a sua vez de comprar
Muita ansiedade pra pagar, pegar e viajar
Sem pensar no depois
O veneno ta na mão
Você abre e divide pra dois

Sua fala amolece
De algo se esquece
Si livra do estresse
Satisfação momentânea terá
Quando a onda passar o problema vai voltar
Mas pra você o presente é importante
Sentado com os amigos sem caô ao menos um instante
Levando o prazer até a boca
Alterando sua visão, sua cabeça fica louca

Si sentindo na paz
Acabou compra mais, uma não satisfaz
Curti o momento, sem pensar no tempo
Faz um movimento, o raciocínio talento

Ta com fome
Come um salgado
Já foram mas de quatro
Ta meio chapado
Meio zoado
Meio sorridente
Meio culpado
Meio inocente
Será que mais uma dose vai lhe fazer mal
Se todo mundo usa de uma forma muito natural
Você vai e bota mais uma na roda
Todo mundo gosta
Que atitude foda
Da parada é freguês
Ignora as leis qualquer dia do mês
Em qualquer lugar na frente do bar

Em casa
Na casa, na rua, na beira do mar

Na hora de comemorar
Pode ta faltando tudo
Ela não pode faltar
Esta presente no melhor e no pior
Quando ta rodeado e quando esta só
Apreciada por homem
Mulher
Idoso
Criança
Malandro
Mane
Policia
Playboy
Bandido
Estudante
Empresário
Artista
Mulher gestante

Distraído vendo o vai e vem
Gosta muito não consegue ficar sem
O corpo pede a mente obedece
Pede mais uma da hora se esquece

Sem pressa nenhuma
Se o dinheiro acabar, rateio pra mais uma
Aproveita bem cada minuto que tem
Vai gastando a sua onda em cima de alguém

Sua visão ta embaçada
Não quer pegar mais nada
Hora de voltar pra casa
Perna bamba
Cabeça ta rodando
Pupila dilatada, a noite vem se aproximando
Fim de tarde
Fim do dia
Tudo direitinho do jeito que você queria
Vai batendo como se fosse a primeira
Pede o seu Manel pra colocar a saideira

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Três da madruga, insônia não ajuda
Saio sobre os olhos da vizinha pescoçuda
Tô na rua, sozinho no volante, o meu semblante
Tá sinistro bem pior do que antes
Solto a embreagem vou que vou tô na estrada
Peço proteção pra me livrar de quem me roga praga
Deus que sabe o quanto vale a minha alma
Eu jogo a seta meto a quarta aumento o som e mantenho a calma
No role de migue sem destino
O vento vem na cara enquanto a cabeça vai refletindo
Vou seguindo, ouvindo meu hino
De guerra com olho grande tipo flamenguista e vascaíno
Tô na paz, com a mente sem maldade
Vou subi á colina que tem baile rolando até mais tarde
Corto a cidade a preocura de uma cura
Que anule do meu coco a minha noite que não esta escura
Sinal fechado, um carro para ao lado
Um golf rebaixado, com para-brisas estourados
Uns quatros caras ou mais
Sem ter cara de paz
Olhos vermelho me olhavam e olhavam pra trás
Me liguei, mais não me intimidei
O piloto fez sinal de ta tranqüilo então me adiantei
Ficou pra tráz, ( foi ) virou passado
Eu acelero passo a quinta que por deus estou sendo guiado
Rua escura com pouca iluminação
Vejo um comboio vindo em minha direção
Se lombra vou perder, correr pra onde
Foi se aproximando eu descobrir que era o bonde
Com bicos para o alto, tomando o asfalto
Será que é cobrança, seqüestro, a__alto
Sei la não me enteressa, eu tambem tenho pressa
Dei um toque no farol, acelero e continuo a fuga
Seja protegida iluminada, madruga
O telefone toca, sera que e alguém que aluga
Só vou saber se atender
Seja quem for so não tire o meu laser ( alô )

- sou eu que to ligando, so pra te dar um papo
Que o baile você ta indo hoje esta lombrado,
O morro esta tomado melhor você voltar
Que ta rolando uma festinha na pracinha do lado de cá

- ta você e quem?

- to eu e aquela mina que eu tinha te tocado que ia botar na sua fita
Pode vir no sapato não precisa correr
Que o caô aqui na praça vai rolar até o amanhecer
Vou te aguarda, to bebendo uma gelada
Só vou voltar pra casa, depois da madrugada

- já é! vou desligar que tem uma blitz na minha frente
Vou tirar o meu boné e fazer cara de inocente

Acendo a luz do salão é dura da pm
Não devo nada mais não sei porque minha perna treme
Abaixo o farol, viaturas eu cruzo
Documento ta no bolso abaixo o som, reduzo
Fuco escaldado sim, tenho a sensação do fim
Só que desta vez foi diferente nem olharam pra mim
Me benzi, sorrir, passei batido eu boto fogo no asfalto,
Meu role ainda não esta perdido
Troco o cd, dou um grau no volume
Jogo o cotovelo para fora como de costume
No viaduto, caminho vou cortando,
O céu ta clareando, o dia vem raiando
O galo ta cantando, da pracinha vou me aproximando,
Pessoas vão saindo enquanto eu vou chegando
Os raios do sol atrapalham minha visão
Mas vejo que a praça esta so tem garrafas no chão
Cheguei agora todo mundo indo embora
Viajei no caminho que até me esqueci da hora
Vou meter o pé abandonar o recinto,
Também que horas são hein?

- sete e quarenta e cinco .

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