Cadeira do poder, objecto perigoso
Caiu nas mãos erradas, o destino é duvidoso
Teve que enganar para lá se sentar
Não podia ter princípios, o caminho é sinuoso

A sua ânsia de poder dominou-lhe o corpo
Fins justificam os meios, seu lado bom já estava morto
Vendeu o sonho ao povo dominado pela ignorância
Manipulou peões num jogo onde já ganhou a ganância
Foi só mais um

Porque não teve força
Porque não resistiu
Aos pecados mortais
Que a cadeira permitiu

Foi só mais um
Só mais um réu

Pisou-os um a um de olhos postos no poder
Precisava do controlo para poder viver
Quanto mais conseguia mais ele ansiava
Cego pela cadeira, já nada o saciava

A sua ânsia de poder dominou-lhe o corpo
Fins justificam os meios, seu lado bom já estava morto
Seu lado bom já estava morto...

Foi só mais um
Entre muitos a seu lado
Só mais um réu
Inocente ou culpado

Necessidade de afirmação?
Bizarros ideais?
Necessidade de exposição?
Motivos irracionais?
Será que vale a pena
Ter um instinto maldoso
A cadeira continua em cena
Neste teatro vicioso

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