Zé Henrique e Gabriel 18 Mala amarela Lyrics

Era quatro e meia, passava um pouquinho e um fosco clarinho rasgava o barjão
Era o trem noturno que vinha apontando e logo parando na velha estação
Meu corpo tremia, meus olhos molhados, o meu pai do lado e a mala no chão
Beijei o seu rosto e disse na hora, o mundo lá fora me espera paizão
Entrei no vagão, corri pra janela e a mala amarela do velho catei
O trem deu partida, sopiou bruscamente e ali novamente sua mão eu beijei
Um pouco pra adiante vi minha casinha e a minha mãezinha de pé no portão
Ela não me viu e no trem na corrida ouvi as latidas do velho sultão
Um certo senhor da poltrona vizinha me dizia que vinha do paranazão
E disse também de um jeito cortes, é a primeira vez que deixo o sertão
Pedi seu conselho e ele me disse, seu moço a velhice é dura demais
Eu sou bem mais velho e posso aconselhar é duro demais ficar longe dos pais
Eu nunca esqueci o que o velho falou, o tempo passou e pra casa voltei
Quem fica distante jamais se conforma lá plataforma meus pais avistei
Desci comovido, abracei ele e ela, e mala amarela meu filho eu não vi?
Meu pai acredite na fala de um homem, pra não passar a mala eu vendi
Que pena, que pena, era minha lembrança que eu trouxe de herança do seu avô
Mais deixa pra lá, eu vou esquecer, a herança é você e você já voltou.

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